Uma coisa que eu aprendi em 2015
foi perder. Lidar com o fato de que eu
perdi. Que não foi dessa vez. Que, talvez, da próxima, eu consiga, mas que por ora não deu. Confesso que quando
criança eu não gostava dessa coisa de perder. Não que eu fosse competitiva,
simplesmente não gostava de tirar uma nota ruim na redação, por exemplo. Ou na
prova de inglês. Ou na de história. Também não era muito fã de perder jogando ‘Uno’.
Só que a vida não é uma prova de inglês e existem coisas que não seguem como
nós queremos, ou porque não damos o nosso máximo, e/ ou porque simplesmente não
era para ser.
Com o tempo eu fui (e ainda
estou) aprendendo a lidar com as perdas, com as frustrações. A intenção é
justamente essa, creio eu. Reconhecer que nem sempre as coisas seguem como
planejamos, aliás, quase nunca as coisas vão assim e no final tudo se acerta.
Fica tão perfeito e encaixado que até nos esquecemos do nosso desejo inicial:
Trabalhar na empresa X ou Y, morar na cidade A, ir para a faculdade tal. Se tudo o que eu planejei na minha vida acontecesse
exatamente como eu queria, sinceramente, eu não teria conhecido tantas pessoas
maravilhosas, nem tantos lugares lindos, tampouco teria aprendido metade do que
aprendi, e principalmente, não seria quem sou agora.
Não conseguir um emprego, ou entrar
para a faculdade dos sonhos, comprar o carro do ano, ou ainda não poder fazer
aquela viagem à Nova Iorque porque o dólar aumentou, são coisas frustrantes as
quais ninguém sabe lidar verdadeiramente. Porém, aceitar que não foi dessa vez
e aprender com os erros são lições valiosas e que devemos nos sentir gratos por
aprendê-las, ainda que por um caminho torto, aos nossos olhos.
Numa dessas frustrações da vida
eu demorei um pouco a aceitar que não obtive êxito e falhei em algumas partes.
Humildade. Ter humildade para reconhecer seus pontos fracos, suas falhas, e seus pontos fortes. Aprender com a experiência do ‘não’. Porque um ‘não’
sempre terá o peso horrível da negação, mas, se tivermos sabedoria, é ele que
nos leva ao aperfeiçoamento. É graças a ele que vamos investir em nossos
estudos, em cursos, em nós mesmos. Um ‘sim’ é, sem sombra de dúvidas, muito
bom, mas não nos modifica tanto.
Na minha experiência, eu aprendi
e amadureci tanto. Olhando para a Helena de janeiro de 2015 e para a Helena de
outubro desse mesmo ano, com certeza não somos iguais. A essência é a mesma,
mas a cada dia a velha Helena abre caminho para uma nova. O ‘não’ fez com que,
acima de tudo, eu reconhecesse o que era necessário mudar e buscasse ajuda. A
partir daí os ganhos foram enormes. Analisar todo o processo e ver onde errei,
onde poderia ter ido melhor e onde agi com perfeição não é um exercício fácil,
tampouco rápido. Demora um tempo, vem tristeza, decepção, arrependimento... O
tempo traz todos estes sentimentos, mas também os leva para longe quando
decidimos que serão trocados por ação, otimismo, alegria, humildade, coragem,
autoestima, dedicação.
Para tudo há o tempo necessário.
Viver tem dessas coisas. Mas como é bom poder olhar para trás e perceber que
somos pessoas melhores hoje e agora, muitas vezes graças a um ‘não’ que
recebemos no meio do caminho. Amanhã seremos melhores ainda. É um ciclo, brevemente
teremos tudo aquilo que desejamos. Basta aprender com os erros, nos alegrarmos
com os acertos, não desistir e seguir em frente sempre haja o que houver.
Um beijo!!!
Curtí, Super Curtí!
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