quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Sim, vai ter blog da Helena :D

Helena, sobrenome complicado, 24 anos (quase 25), petropolitana, comissária de voo, péssima em praticar esportes, contadora de histórias, graduada em museologia. Fiz dois intercâmbios e morei por quatro anos em Porto Alegre, o que fez com que eu me tornasse uma pessoa flexível. Flexível em relação aos costumes, hábitos, climas, crenças, gastronomia, geografias, lazer, horários, fuso-horários, sotaques e, entre tantos outros aspectos, também me descobri flexível comigo mesma; não preciso perder o meu próprio sotaque para me encaixar em algum lugar, nem me forçar a aprender outro idioma porque isso simplesmente flui pelo corpo, do mesmo modo como posso queimar uma comida de vez em quando e não saber usar uma panela de pressão.
Desde sempre sou amiga da pontualidade (prefiro esperar e não ser esperada), mas foi no período da faculdade e dos estágios que eu pude confirmar isto. Depender de ônibus ajuda muito nesta questão. Um minuto a mais em casa ou na caminhada até o ponto e pronto. Já era. Você chega atrasado ao seu compromisso.
Morar longe dos pais é uma experiência e tanto para todos. Responsabilidade. Um dos prêmios que nós ganhamos quando passamos por isso. Responsabilidade com nossas roupas, louças sujas, refeições, horários, compromissos, aulas, trabalhos, compras de mercado, leituras, dinheiro, contas, tudo. Nossa vida passa a ser mais nossa do que nunca e junto vem a necessidade de ser responsável. Arcar com nossas decisões, lembrar de dar um ‘olá’ aos amigos que não vemos frequentemente, verificar se o gás está desligado, a porta trancada, janelas fechadas, se a casa está limpa, tudo isso nos torna pessoas mais comprometidas, atenciosas, detalhistas e, claro, responsáveis.

Por outro lado, morar com os pais fez com que eu aprendesse piadas sem graça, a ter companhia para ver algum filme engraçado, conversar sobre tudo e, as vezes, sobre nada, a respeitar o silêncio, a agradecer o que os outros fazem por nós e ficar contente quando nós fazemos algo pelos outros (arrumar a mesa para o almoço, por exemplo), aprendi que a vida acontece quando sua mãe se preocupa se você vai passar frio à noite e que é muito bom passar na padaria e comprar alguma coisinha antes de chegar em casa porque as pessoas ficam felizes com um bolo ou um pão diferente para comer quando chegam cansados do trabalho.


Um beijo!

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